Inicialmente, já vou me desculpando: escrever não é meu forte, sei disso. Mas, não sei se por causa do aniversário, ou mesmo dos anos de vida, senti a necessidade de verbalizar algumas coisas. Quando olho minha vida em retrospecto, como costumo fazer em certas datas, me pergunto sempre se consegui o que queria. E, estarrecedor como possa parecer, até para mim mesma, a resposta é sim. Não tudo, mas o que queria. Não é uma quantidade, é uma qualidade. O que, absolutamente, não significa que não tenha fracassado. Fracassei, e muito. Na verdade, acho que nunca tirei a sorte grande; nunca consegui, de primeira, alguma coisa. Nem naquilo que de mim dependia, nem dos outros, nem das circunstâncias. Sempre, tudo, foi muito difícil. De parar de fumar - vezes incontáveis, como Sísifo, tentando e voltando a tentar- ao condicionamento físico, ao parceiro, aos empregos, aos trabalhos, aos amigos, a andar de bicicleta. Aliás, o exemplo da bicicleta ilustra muito bem o que estou queren...