Carnaval, Supermercado ou Camping Party?
Ah, mas eu estou muito chateada, mesmo!
Imaginem vocês que ontem, depois daquela trabalheira toda com a roupa de casa, o IPod da D. Denise, faz o que? Toca.
Era ela. Lógico que eu não atendi.
Só porque eu faltei um diazinho só?
Ficou atrás de mim, insistiu, telefonou várias vezes.
Passou SMS.
Desliguei o IPod.
Tem problema nenhum, digo que descarregou a bateria.
Imagina que ela foi, ontem, de avião, fazer camping em São Paulo. Disse que foi à trabalho, mas é uma tal de Festa no Campo.
E, chegando lá, ouviu as news dos homi de greve, aqui no Rio, no dia 10.
Então, apavorou.
Quem pagou o pato? Euzinha. Mandou a maior lista de compras, por SMS.
Porque estamos sem sal, café e papel higiênico, em casa.
Fosse só isso, tudo bem: dá pra levar.
Mas, nessa história de greve, bangbang, guerra, D. Denise surta. Ela já me explicou que tem um tal de "trauma de Revolução", mas não acredito: é olho grande mesmo
.
Ela vive de regime, não come de tudo, feito eu. No que acontece uma guerrinha, desconta: aproveita para enfiar o pé na jaca.
O problema é que, se eu obedecer e comprar todas as comidas que ela mandou, para abastecer a despensa da casa, e ela se trancar com mêdo dos homi, quando chegar a hora de desfilar no Carnaval vai ser uma catástrofe: não cabe na fantasia da Mangueira!
Vai ficar nervosa, vai dizer que comprei tudo errado. Me demite. Perco o emprego.
Não compro nada de comida, pra ela, não. Já bastam os doces que ela deve estar comendo na tal da Festa do Campo Paulista.
É mole? Clotilde sofre... beijoooooo!
