Clotilde na praia, apesar do povo do Facebook
Não sei se a classe faceboqueira sabe, mas existe vida, fora das fofocas e dissemedisse nacionais.
Esta vida, em outro planeta- "longe daqui, aqui mesmo"- pode ser encontrada entre os mendigos que frequentam, ainda, o Aterro e não leem jornais, mas sim se cobrem com eles. Donde, permanecem tranquilos, saudáveis, pouco agressivos e convivendo com os frequentadores.
Minha diarista, também, é um bom exemplo. Como sai do trabalho às 16h, só chega em casa, em NYguaçu, depois do JN, exausta. E, pela manhã, no trem, não consegue ler jornal. É muito cheio, quebra, tem que mudar de vagão, estas merdas. Donde, me pergunta, na maior: "mas D.Denise, porque estão fazendo este escarcéu com o linchamento de um menino, aqui na Rui Barbosa? Lá na minha rua há anos isso acontece e ninguém dá a mínima! Outro dia mesmo..." E eu poupo, a todos, dos detalhes escabrosos. De múltiplos relatos, com direito a incesto, estupro, tortura, etc. Barbárie sedimentada.
Enfim, prosseguindo, a vida fora de Saturno, ou das manchetes, ou editoriais, também pode ser encontrada na rede de um obscuro pescador.
Aqui, lá, ou em qualquer lugar. Como no link anexo.
Este aqui
http://www.laaventuradelahistoria.es/2014/02/11/apolo-emerge-de-las-aguas.html
E, é por estas e outras que, enquanto todos no Facebook, discutem, eu faço como a Clotilde: vou pra praia.
Seja concreta, seja metaforicamente.
Sabedoria das profundezas.
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