Considerações em vésperas dos Jogos Olímpicos #Rio2016

Eu moro aqui no Rio de Janeiro, como todos sabem, pago uma fortuna de impostos.
Construíram um pagode olímpico, não me perguntaram nada sobre isso, não pude opinar.
É certo, precisamos de Saúde e Educação: mas com ou sem Olimpíadas, isso não tem. Nunca. Em governo nenhum. Nunca teve; ou, que eu me lembre, é sempre abaixo da crítica, no Brasil todo.

Então, entendam: eu paguei por esta Olimpíada com o meu suor e lágrimas, moro bem em frente, e pretendo aproveitar tudo a que tenho direito.
Quem quiser que fique em casa reclamando, azedando, azarando via TV e Facebook, coisa que na verdade, ninguém mais aguenta.
Deu no saco, para usar uma expressão bem carioca.
Inclusive, da agressividade que permeia a Rede, gerada por uma monstruosa inveja.

Se eu tenho medo de atentados terroristas, aqui no Rio, durante os Jogos? Ah, todos nós cariocas temos, sim. Muito.

Mas acontece que no início mesmo desta semana, caiu um helicóptero, aqui na minha rua. Direto, no Palácio Guanabara: CABUM!
E, no Aterro, ontem, o chofer de táxi levou um susto tão grande com o assalto, que acabou morrendo, coitado,  afogado na Baía de Guanabara. 
Isso, sem  falar nos arrastões do Túnel Rebouças. Dois dias consecutivos, etc e tal.
E a gente vai levando.
Ninguém, em sã consciência, se tranca em casa por conta disso. Ou, pelo menos, não deveria.

Pois é: eu pretendo aproveitar este período dos Jogos para me divertir, ir à praia, passear, rever amigos em carne-e-osso e desenhar um tanto, com papel de verdade.
Assistir ao por-do-sol, junto com os turistas, no Arpoador, e rezar para que não apareça nenhum maluco por lá, brandindo facas ou metralhadoras.

A gente que é artista, torce para que as fantasias macabras fiquem todas no papel. e para a realidade ser um sucesso.
E não vice-versa.
Ou, pelo menos, eu estou nesta torcida.










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