Sobre o Theatro Municipal do Rio, as manifestações e o vandalismo

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Não sei se vocês todos sabem, mas cientes da chegada dos bombardeios nazistas, os habitantes de uma cidadezinha perto de Paris, onde existe uma das Maravilhas do Mundo, a Catedral de Chartres, numeraram peça por peça todos os seus vitrais e guardaram em lugar seguro.

Ao invés de, simplesmente fugirem ou se esconderem.


Durante a Revolução Russa, o povo em fúria não destruiu nem uma jóia ou móvel do palácio do Czar. 

Todos os Ovos Fabergé foram preservados para a posteridade, bem como os belíssimos lustres do Metrô de Moscou. Ninguém atirou pedras nos cristais.


Levou-se Maria Antonieta e todos os nobres à guilhotina, mas o Palácio onde morava rende dinheiro à França, de turistas e visitantes de Versalhes, até hoje.


Reza a lenda que a jovem Alicia Alonso, considerada uma das maiores bailarinas do sec 20, e que já era sucesso em Cuba por ocasião da Revolução, estava fazendo as malas para fugir da Ilha, em pânico, quando Fidel Castro em pessoa invadiu sua residência e disse: "Não vá! Nós viemos lhe dar carta branca para transformar o Ballet de Cuba no que você sonhar. Fique: não importa a sua ideologia ou dos bailarinos".


Então, aqui no Rio de Janeiro nós já tivemos a Revolução de 64 e os protestos de 68 foram na Cinelândia, onde aconteceu por muitos anos o Cordão da Bola Preta e o Carnaval.


Eu venho a público, por meio deste texto e imagens, sugerir apenas, como artista e arquiteta, cidadã brasileira e carioca, que se preserve o Municipal da barbárie.


Seja qual for a circunstância, nós não teremos sequer dinheiro para restaurá-lo para as novas gerações.


Era tudo o que eu tinha a dizer.

Fecha o pano.


 

    

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