O Natal (redação para nota)

O Brasil é um pais católico e eu, quando criança, tinha uma enorme frustração por não poder ter uma árvore de Natal, na minha casa.

Eu até ganhava presentes de Papai Noel, dos meus pais, judeus nada ortodoxos- e alguns enfeites: guirlandas e bolas de vidro - vidro mesmo, faiscante e perigoso, que podia quebrar na mão e cortar. E, que refletiam a realidade de forma diferente, no truque mágico-científico dos espelhos convexos.
Mas, nada fenomenal como uma árvore INTEIRA. que piscava, cheia de lampadinhas.

As "Lojas Americanas" e as "Lojas Brasileiras", por esta época, ficavam absolutamente repletas de enfeites. Bem como de peças de presépio. Estas, esculpidas em madeira, artesanais e muito caras: tudo importado e custando uma fortuna na moeda desvalorizada. Então, a mim era permitido, todo ano, escolher UMA bola de vidro de enfeite, da cor que quisesse.
Lembro de uma vez que desesperei: eu não conseguia escolher entre a bola de cor azul ultramar e a de cor maravilha. Levei as duas, depois de muito choro. Acho que ficaram com medo de mim... rs

Daí, depois dos traumas e das frustrações acima descritas fiquei assim, como voces já sabem: uma adulta enfeitando tudo. Incontrolavel e desmesuradamente.

E, todo final de ano, desembesto a produzir mil e uma árvores que, agora, o computador me permite criar e repassar para voces.

Então, preparem-se: de hoje, até o dia 24, virão montes. Quem for contra, que me dê block e fuja das páginas do meu Blog.
E, de 25 de dezembro até dia primeiro de janeiro, é a vez dos brilhos e estrelas do Ano Novo.
Sem esquecer do aniversário do Marcos... rs

Porque voces não acham que eu, depois de passar pelo sofrimento de escolher UM enfeite, vou fazer trezentas árvores, guardar e depois ter que escolher UMA para mandar, né?

Sinto muito, mas isso já era.

Em 2012 eu prometo voltar ao normal. Quer dizer: normal relativo.
Eu volto ao normal no que se refere às Arvores de Natal.
Jamais no que se refere aos brilhos e estrelinhas: isso é caso perdido.