O Carnaval foi lindo...
Com o mega- Monobloco, na Avenida Rio Branco.
Aqui, no Flamengo, ainda temos carnaval de rua, cheio de crianças e fantasias caprichadas, como nos tempos da minha meninice.
E, neste ano, foram tantas, e tão lindas, que lembrei muito da minha mãe, bordando e costurando fantasias para mim, quando criança.
Escolher, junto com ela, as cores das lantejoulas, os tecidos e os desenhos do bordado, que se construia com carinho, canutilhos e paetés, meses antes, era parte integrante-senão a melhor- da festa.
Muitas miçangas se perdiam, entre as frestas dos tacos, caidas no chão. O processo todo era puro encantamento.
E eu guardava, numa caixinha de fósforo, todas as miçangas e canutilhos com defeito: eram de vidro, não de plástico, e artesanais- alguns vinham sem os furos :-) para brincar de pó de per-lim-pim-pim, depois. Material de fadas.
Apesar de ser muito pequena, me eram dadas voz ativa e voto, na composição das cores e dos diferentes elementos: não se tratava de algo imposto à uma criança.
Todo o processo, que culminava com o baile de Carnaval, ou a brincadeira pela rua, era como deve ser: pura alegria. Festa pela festa.
Aí, eu cresci e virei artista.
Simples, assim.
Honestamente, não vejo como poderia ter sido de outra maneira.
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