Hélio Eichbauer

Eu queria dizer alguma coisa significativa pelo falecimento do Hélio Eichbauer.
Mas só consigo sentir uma tristeza infinita, proporcional à enormidade que foi o privilégio de ser alçada ao posto de amiga dele, por mais de 40 anos.

Eu o conheci “mais velho” como ele mesmo gostava de dizer “com a idade de Cristo” e o admirei desde o início, profundamente. 
E que ele se interessasse pela minha insignificante existência foi, em tudo, uma grata surpresa.

Nunca antes nem depois convivi com alguém com uma criatividade tão fascinante e exuberante, nem acompanhada por tanta cultura.
Ele tinha uma inteligência brilhante, aliada a um bom coração.
Infelizmente o coração corpóreo, talvez por tanta bondade e por abrigar em si a dor de ver um país que ele amava tão dilacerado, não resistiu.

O Hélio foi um lindo sol que aqueceu a minha vida, desde os meus 23 anos, como pessoa e como artista.
Continuará a brilhar, sem dúvida, no lugar cultural que lhe cabe na História da Arte e do Teatro brasileiros, mas vai me fazer uma falta danada pessoalmente, nos momentos difíceis.


Mas, a gente só perde mesmo aquilo que tinha...







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